sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Exame de Língua Portuguesa

Para conheceres a estrutura e cotações do exame de Língua Portuguesa, carrega no link:

http://www.gave.min-edu.pt/np3content/?newsId=218&fileName=IE_Linguaportuguesa_22_09.pdf

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Conteúdos para a ficha de avaliação

Nos dias 6 e 12 de Fevereiro, temos uma ficha de avaliação. Aqui podes consultar os conteúdos que deves preparar. Se tiveres dúvidas, por insignificantes que possam parecer, não hesites em contactar-me!

Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa — 9.º Ano
6 de Fevereiro de 20098 (9.º A) / 12 de Fevereiro de 2009 (9.º B)


TEXTO(S) EM ANÁLISE: excerto de Os Lusíadas; texto correlacionado tematicamente (?).

CONTEÚDOS TEMÁTICOS: contextualização da obra (pp. 114-119 M); biografia de Luís de Camões (pp. 120-121); origem e características da epopeia (p. 188 M; CD); estrutura externa e interna da epopeia camoniana (pp. 188 e 235 M).

TÉCNICAS TEXTUAIS: notícia; entrevista (p. 20 M); banda desenhada; texto publicitário; instruções; carta de reclamação (p. 20 M); texto dramático (p. 112 M); biobibliografia p. 19 M); regulamento (p. 20 M).

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA: história da língua (pp. 22-44 M/FI); formação de palavras (p. 260 M, CA); derivação imprópria (p. 260 M, CA); figuras de estilo (pp. 271-272 M); funções sintácticas/elementos da oração* (pp. 261-265 M); determinantes e pronomes (pp. 245-246 e 254-255 M, CA); tipos e formas de frase (p. 261 M, CA); verbo (pp. 249-255 M, CA).

* Em particular: sujeito; predicado verbal; predicado nominal; complemento directo; complemento indirecto; predicativo do sujeito; predicativo do complemento directo; verbos transitivos e intransitivos; verbos copulativos.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Camões perde um olho

Curiosidades sobre Os Lusíadas

O poema de Luís de Camões, Os Lusíadas, compõe-se de 10 cantos, 1102 estrofes e 8816 versos, 55.433 palavras e 250.470 letras. Em toda a sua obra surgem 739 nomes geográficos, 392 nomes históricos e 539 nomes mitológicos, semideuses , etc.

O total dos nomes começados com letra maiúscula , em sinal de veneração, como Barões, Fé, Rei, entre outros, é de 935. Os nomes próprios do poema são 827.



Índice: curiosidades

domingo, 11 de janeiro de 2009

Como ser brasileiro em Lisboa sem dar (muito) nas vistas

Como ser brasileiro em Lisboa sem dar (muito) nas vistas...
Sim, eu sei que não será culpa sua, mas, se você desembarcar em Lisboa sem um bom domínio do idioma, poderá ver-se de repente em terríveis águas de bacalhau. Está vendo? Você já começou a não entender. O facto é que, como dizia Mark Twain, a respeito da Inglaterra e dos Estados Unidos, também Portugal e Brasil são dois países separados pela mesma língua. Se não acredita, vejá só esses exemplos. (...)

Um casal brasileiro, amigo meu, alugou um carro e seguia tranquilamente pela estrada Lisboa–Porto, quando deu de cara com um aviso: "Cuidado com as bermas". Eles ficaram assustados — que diabo seria uma berma? Alguns metros à frente, outro aviso: "Cuidado com as bermas". Não resistiram: pararam no primeiro posto de gasolina, perguntaram o que era uma berma e só respiraram tranquilos quando souberam que berma era o acostamento.

Você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas subtilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?) Pelo mesmo motivo, as fraldas de crianças são chamadas cuequinhas de bebé. Atenção também para os nomes de certas utilidades caseiras. Não adianta falar em esparadrapo — deve-se dizer pensos. Pasta de dente é dentífrico. Ventilador é ventoinha. E no caso (gravíssimo) de você ter de tomar injecção na nádega, desculpe, mas eu não posso dizer porque é feio.

As maiores gafes de brasileiros em Lisboa acontecem (onde mais?) nos restaurantes, claro. Não adianta perguntar ao gerente do hotel onde se pode beliscar alguma coisa, porque ele achará que você está a fim de sair aplicando beliscões pela rua. Pergunte-lhe onde se pode petiscar.

Os sanduíches são particularmente enganadores: um sanduíche de filé é chamado de prego; cachorros-quentes são simplesmente cachorros.

E não se esqueça: um cafezinho é uma bica; uma média é um galão; e um chope é um imperial. E, pelo amor de Deus, não vá se chocar quando você tentar furar uma fila e alguém gritar lá de trás: "O gajo está a furar a bicha!" Você não sabia, mas em Portugal, chama-se fila de bicha. E não ria.

Ah, que maravilha o futebol em Portugal! Um goleiro é um guarda-redes. Só isso e mais nada. Os jogadores do Benfica usam camisola encarnada — ou seja, camisa vermelha. Gol é golo. Bola é esférico. Pênalti é penálti. Se um jogador se contunde em campo, o locutor diz que ele se aleijou, mesmo que se recupere com simples massagem. Gramado é relvado, muito mais poético, não é? (...)

Para se entender as crianças em Portugal, pedagogia não basta. É preciso traçar também uma outra linguística. Para começar, não se diz criança mas miúdos. (Não confundir com miúdos de galinha, que lá são chamados de miudezas. Os miúdos das galinhas portuguesas são os pintos.) Quando o guri inferniza a vida do pai, este não o ameaça com o tradicional: "Dou-te uma coça" mas com "Dou-te uma tareia", ou então com o violentíssimo: "Eu chego-te a roupa à pele".

Um sujeito preguiçoso é um mandrião. Um indivíduo truculento é um matulão. Um tipo cabeludo é um gadelhudo (ou guedelhudo). Quando não se gosta de alguém, diz-se: "Não gramo aquele gajo". Quando alguém fala mal de você e você não liga, deve dizer: "Estou-me nas tintas" ou então: "Estou-me marimbando". (...) Um homem bonito, que as brasileiras chamam de pão, é chamado pelas portuguesas de pessegão. E uma garota de fechar o comércio é, não sei por quê, um borrachinho.

Mas o pior equívoco em Portugal foi quando pifou a descarga da privada do meu quarto de hotel e eu telefonei para a portaria: "Podem me mandar um bombeiro para consertar a descarga da privada?" O homem não entendeu uma única palavra. Eu devia ter dito: "Ó pá, manda um canalizador para reparar o autoclismo da retrete."

CASTRO, Ruy. Viaje bem. Revista de bordo da Varig. Ano VIII o 3/78 (adaptado)

A maior palavra da nossa língua

Alguns dizem que a maior palavra da língua portuguesa é
"pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico" Será?
Esta palavra está registrada no novo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, tendo por definição «estado de quem é acometido de uma doença rara provocada pela aspiração de cinzas vulcânicas».
É costume pensar-se que a maior palavra portuguesa, a palavra com mais letras, é o advérbio de modo "anticonstitucionalissimamente". No entanto, existem termos das linguagens de especialidade que são mais extensos. Na Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, por exemplo, encontramos o vocábulo "tetrabromometacresolsulfonoftaleína", que tem mais cinco letras. Trata-se de um termo específico da área da química, que significa o mesmo que "verde de bromocresol". Os recursos morfológicos do português permitem, no entanto, criar palavras ainda maiores.
Não as encontraremos atestadas nos dicionários gerais de língua uma vez que estes não podem incluir, por razões práticas, termos muito específicos nem podem cobrir todas as possibilidades de derivação das palavras, que são infinitas.